O que é Indústria 4.0 e como ela irá impactar o mercado?

por | 04/04/2017

7 minutos para ler

Também conhecida como manufatura avançada, a Indústria 4.0 é a última etapa da revolução industrial — e ainda está no seu começo.

Mas, afinal, o que é Indústria 4.0? O conceito remete à junção das principais inovações tecnológicas das áreas de informação, controle e automação, que se aplicam aos processos da manufatura.

A partir dos sistemas cyber-físicos, da Internet dos Serviços e da Internet das Coisas, os meios de produção objetivam se tornar cada vez mais eficientes, customizáveis e autônomos.

Continue a leitura para entender o que é Indústria 4.0 e como ela impacta o mercado!

O que é Indústria 4.0?

Esse novo conceito insere a inteligência artificial nas etapas de operações dos processos de fabricação. Máquinas decidem quando pretendem entrar em atividade e o momento em que devem ser desligadas, com o objetivo de reduzir o consumo de energia e definir a cadeia de operações.

Com essa transformação profunda e abrangente, a Indústria 4.0 afeta diretamente o modo como os profissionais estão sendo orientados para atender à demanda desses novos meios tecnológicos pelos próximos anos.

Esses procedimentos de manufatura são como questões críticas quanto à cadeia de fornecimento e responsáveis por grande parte dos custos de entrega, da confiabilidade no atendimento e no tempo de conclusão das atividades, da satisfação do cliente, entre outros.

A difusão do conceito se dá a partir da interação sistêmica entre os processos logísticos e de manufatura em ambientes de produção.

Atividades como picking, abastecimento de linha ou até mesmo ordens de compras para fornecedores proliferam dos inputs vindos do maquinário inteligente.

O aumento na velocidade de transmissão das informações leva a ganhos financeiros e operacionais; permite uma redução da dependência humana na gestão e na execução e favorece o atendimento das demandas dos clientes.

Princípios

Há 5 princípios, relacionados à implantação e ao desenvolvimento da Indústria 4.0, que definem a sistemática de produção inteligente dos próximos anos:

  1. Capacidade de operação em tempo real: advém dos tratamentos e da aquisição de dados de maneira praticamente instantânea, proporcionando em tempo real a tomada de decisões.
  2. Virtualização: as simulações já são bastante utilizadas, bem como os sistemas supervisórios. Porém, a Indústria 4.0 quer a existência de uma cópia virtual das fábricas inteligentes, que permitam o rastreamento e o monitoramento remoto de todos os processos, com sensores distribuídos ao longo da planta.
  3. Descentralização: por meio do sistema cyber-físico, a tomada de decisão pode se dar conforme as necessidades de produção em tempo real. Além disso, o maquinário não somente receberá comandos, mas fornecerá informações do seu ciclo de trabalho. Assim, será possível executar os módulos da fábrica de forma descentralizada, aprimorando os processos de produção.
  4. Orientação de serviços: uso de softwares voltados aos serviços, juntamente ao conceito de internet of services.
  5. Modularidade: a produção será de acordo com o acoplamento, o desacoplamento e a demanda dos módulos, com flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas.

Pilares

De acordo com os princípios, a Indústria 4.0 se torna viável devido aos avanços tecnológicos dos últimos anos, aliados às tecnologias em desenvolvimento nas áreas de informação e engenharia. As mais importantes são:

Internet of Things IoT

A expressão se refere à conexão em rede de ambientes, veículos, máquinas ou objetos físicos, por meio de sistemas eletrônicos, permitindo a troca e a coleta de dados.

Sistemas dotados de atuadores e sensores que funcionam conforme a Internet das Coisas são denominados de cyber-físicos e constituem os pilares da Indústria 4.0.

Big Data Analytics

São estruturas de dados extremamente complexas e extensas, que usam novos meios para análise, captura e gerenciamento de informações.

Sua aplicação na Indústria 4.0 consiste em lidar com informações relevantes, como conexão (rede industrial, Controlador Lógico Programável e sensores), cyber (memória e modelo), cloud (nuvem/dados por demanda), conteúdo, comunidade (compartilhamento de informações) e customização (valores e personalização).

Segurança

Um grande desafio da 4ª revolução industrial está relacionado à segurança e à robustez dos sistemas de informação. Questões como falhas de transmissão na comunicação entre máquinas (ou até mesmo problemas do sistema) podem ocasionar transtornos na produção.

Dessa forma, toda a conectividade necessita de uma tecnologia que proteja o know-how dos empreendimentos, contido nos arquivos de controle dos processos.

Como a cadeia de suprimentos se transformará?

A fábrica do futuro será bem diferente em relação à de hoje — e os fabricantes já devem começar a agir para não perder tempo e competitividade.

As máquinas serão programadas para criar produtos a partir do zero, satisfazendo exatamente a necessidade especificada pelo cliente.

Caso um gestor precise de uma peça para consertar o seu principal equipamento de produção, por exemplo, ele pode apenas clicar em um botão e, assim, enviar um comando para a máquina repor o que ele precisa.

A Indústria 4.0, portanto, mudará substancialmente a natureza do processo de produção, desde a origem da mercadoria até a entrega ao cliente. Vivenciamos apenas o começo dessa nova revolução industrial e, conforme ela progride, presenciaremos mudanças drásticas na cadeia de suprimentos.

Quais serão os impactos?

Um dos maiores impactos a serem observados é a mudança do mercado como um todo, com a criação de novos modelos de negócios.

Como a exigência está cada vez maior, muitos empreendimentos já buscam integrar ao produto as especificidades de cada cliente. Dessa forma, com as novas fábricas inteligentes, a personalização será levada em consideração.

Outro ponto a se destacar é a pesquisa e o desenvolvimento da segurança em TI (Tecnologia da Informação), com uma evolução constante que seja capaz de viabilizar a adaptação das empresas a esse novo modelo de indústria.

Os trabalhadores também precisam se adaptar, uma vez que as automatizações exigirão novas demandas — ao passo que outras ficarão obsoletas. Já é possível observar a substituição de trabalhos manuais e repetitivos pela automação (e com a Indústria 4.0 esse processo continuará).

Por outro lado, as tarefas em desenvolvimento e pesquisa proporcionarão novas oportunidades aos profissionais que tiverem capacitação multidisciplinar, ou seja, que conseguirem compreender a variedade tecnológica da fábrica inteligente.

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