Também conhecida como manufatura avançada, a Indústria 4.0 é a última etapa da revolução industrial — e ainda está no seu começo.
Mas, afinal, o que é Indústria 4.0? O conceito remete à junção das principais inovações tecnológicas das áreas de informação, controle e automação, que se aplicam aos processos da manufatura.
A partir dos sistemas cyber-físicos, da Internet dos Serviços e da Internet das Coisas, os meios de produção objetivam se tornar cada vez mais eficientes, customizáveis e autônomos.
Continue a leitura para entender o que é Indústria 4.0 e como ela impacta o mercado!
O que é Indústria 4.0?
Esse novo conceito insere a inteligência artificial nas etapas de operações dos processos de fabricação. Máquinas decidem quando pretendem entrar em atividade e o momento em que devem ser desligadas, com o objetivo de reduzir o consumo de energia e definir a cadeia de operações.
Com essa transformação profunda e abrangente, a Indústria 4.0 afeta diretamente o modo como os profissionais estão sendo orientados para atender à demanda desses novos meios tecnológicos pelos próximos anos.
Esses procedimentos de manufatura são como questões críticas quanto à cadeia de fornecimento e responsáveis por grande parte dos custos de entrega, da confiabilidade no atendimento e no tempo de conclusão das atividades, da satisfação do cliente, entre outros.
A difusão do conceito se dá a partir da interação sistêmica entre os processos logísticos e de manufatura em ambientes de produção.
Atividades como picking, abastecimento de linha ou até mesmo ordens de compras para fornecedores proliferam dos inputs vindos do maquinário inteligente.
O aumento na velocidade de transmissão das informações leva a ganhos financeiros e operacionais; permite uma redução da dependência humana na gestão e na execução e favorece o atendimento das demandas dos clientes.
Princípios
Há 5 princípios, relacionados à implantação e ao desenvolvimento da Indústria 4.0, que definem a sistemática de produção inteligente dos próximos anos:
- Capacidade de operação em tempo real: advém dos tratamentos e da aquisição de dados de maneira praticamente instantânea, proporcionando em tempo real a tomada de decisões.
- Virtualização: as simulações já são bastante utilizadas, bem como os sistemas supervisórios. Porém, a Indústria 4.0 quer a existência de uma cópia virtual das fábricas inteligentes, que permitam o rastreamento e o monitoramento remoto de todos os processos, com sensores distribuídos ao longo da planta.
- Descentralização: por meio do sistema cyber-físico, a tomada de decisão pode se dar conforme as necessidades de produção em tempo real. Além disso, o maquinário não somente receberá comandos, mas fornecerá informações do seu ciclo de trabalho. Assim, será possível executar os módulos da fábrica de forma descentralizada, aprimorando os processos de produção.
- Orientação de serviços: uso de softwares voltados aos serviços, juntamente ao conceito de internet of services.
- Modularidade: a produção será de acordo com o acoplamento, o desacoplamento e a demanda dos módulos, com flexibilidade para alterar as tarefas das máquinas.
Pilares
De acordo com os princípios, a Indústria 4.0 se torna viável devido aos avanços tecnológicos dos últimos anos, aliados às tecnologias em desenvolvimento nas áreas de informação e engenharia. As mais importantes são:
Internet of Things — IoT
A expressão se refere à conexão em rede de ambientes, veículos, máquinas ou objetos físicos, por meio de sistemas eletrônicos, permitindo a troca e a coleta de dados.
Sistemas dotados de atuadores e sensores que funcionam conforme a Internet das Coisas são denominados de cyber-físicos e constituem os pilares da Indústria 4.0.
Big Data Analytics
São estruturas de dados extremamente complexas e extensas, que usam novos meios para análise, captura e gerenciamento de informações.
Sua aplicação na Indústria 4.0 consiste em lidar com informações relevantes, como conexão (rede industrial, Controlador Lógico Programável e sensores), cyber (memória e modelo), cloud (nuvem/dados por demanda), conteúdo, comunidade (compartilhamento de informações) e customização (valores e personalização).
Segurança
Um grande desafio da 4ª revolução industrial está relacionado à segurança e à robustez dos sistemas de informação. Questões como falhas de transmissão na comunicação entre máquinas (ou até mesmo problemas do sistema) podem ocasionar transtornos na produção.
Dessa forma, toda a conectividade necessita de uma tecnologia que proteja o know-how dos empreendimentos, contido nos arquivos de controle dos processos.
Como a cadeia de suprimentos se transformará?
A fábrica do futuro será bem diferente em relação à de hoje — e os fabricantes já devem começar a agir para não perder tempo e competitividade.
As máquinas serão programadas para criar produtos a partir do zero, satisfazendo exatamente a necessidade especificada pelo cliente.
Caso um gestor precise de uma peça para consertar o seu principal equipamento de produção, por exemplo, ele pode apenas clicar em um botão e, assim, enviar um comando para a máquina repor o que ele precisa.
A Indústria 4.0, portanto, mudará substancialmente a natureza do processo de produção, desde a origem da mercadoria até a entrega ao cliente. Vivenciamos apenas o começo dessa nova revolução industrial e, conforme ela progride, presenciaremos mudanças drásticas na cadeia de suprimentos.
Quais serão os impactos?
Um dos maiores impactos a serem observados é a mudança do mercado como um todo, com a criação de novos modelos de negócios.
Como a exigência está cada vez maior, muitos empreendimentos já buscam integrar ao produto as especificidades de cada cliente. Dessa forma, com as novas fábricas inteligentes, a personalização será levada em consideração.
Outro ponto a se destacar é a pesquisa e o desenvolvimento da segurança em TI (Tecnologia da Informação), com uma evolução constante que seja capaz de viabilizar a adaptação das empresas a esse novo modelo de indústria.
Os trabalhadores também precisam se adaptar, uma vez que as automatizações exigirão novas demandas — ao passo que outras ficarão obsoletas. Já é possível observar a substituição de trabalhos manuais e repetitivos pela automação (e com a Indústria 4.0 esse processo continuará).
Por outro lado, as tarefas em desenvolvimento e pesquisa proporcionarão novas oportunidades aos profissionais que tiverem capacitação multidisciplinar, ou seja, que conseguirem compreender a variedade tecnológica da fábrica inteligente.
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