A logística reversa trata da responsabilidade compartilhada por fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e serviços públicos de limpeza urbana pelo ciclo de vida dos produtos e seus resíduos. Em termos simples, o processo diz sobre a responsabilidade das empresas em receber de volta seus produtos descartados, para que cuidem dos resíduos e deem a eles um destino adequado.

A prática está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que trata, entre outros pontos, do fim dos lixões no Brasil e da destinação correta de resíduos em aterros sanitários. Com o decreto nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010, a gestão em nível municipal, estadual e federal dos resíduos sólidos foi regulamentada e encadeada de modo que todas as instâncias se responsabilizassem por diferentes etapas do ciclo de consumo e descarte do lixo.

Consciência ambiental

A logística reversa tem por objetivo reduzir o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados e, consequentemente, promover um ciclo produtivo mais sustentável, em defesa da qualidade de vida e da preservação do meio ambiente. Muitas iniciativas de logística reversa incluem a destinação dos resíduos para reciclagem ou reaproveitamento no ciclo de produção.

Há também um forte componente de educação ambiental do consumidor final e da população em geral para que se engajem na coleta seletiva e na correta destinação de recicláveis, de modo a contribuir com a redução do uso de insumos naturais e acabar com a degradação ambiental.

Responsabilidade compartilhada

Para funcionar, a logística reversa conta com a ação de diversos atores envolvidos na cadeia. Os consumidores finais, por exemplo, são peça fundamental para a primeira etapa da coleta, seja destinando os resíduos em pontos específicos ou encaminhando para a reciclagem por meio das empresas de limpeza urbana dos municípios. Um ótimo exemplo são as garrafas de vidro de refrigerante e cerveja, devolvidas no ponto comercial no ato da aquisição de um novo produto.

Comerciantes e estabelecimentos devem se responsabilizar pelos pontos de coleta seletiva, como já acontece em supermercados, por exemplo. Já as indústrias se responsabilizam por identificar e recolher os itens de sua cadeia produtiva e dar a eles o destino correto, seja o descarte, a reciclagem ou a reutilização. Um dos desafios nesta etapa é o correto armazenamento dos itens até que sua destinação seja definida e a incorporação na logística industrial.

Gestores públicos, por sua vez, são responsáveis pelo encaminhamento de campanhas de conscientização, fiscalização e execução de algumas etapas do processo de logística reversa, como a coleta do lixo nos municípios.

Vantagem competitiva

Para ser eficiente, a logística reversa demanda organização e investimento da empresa fabricante no recebimento dos resíduos pós-uso. Empresas bem preparadas podem ter grande vantagem competitiva com a logística reversa, principalmente quando incorporam os princípios de reaproveitamento, reciclagem e eficiência em toda a cadeia produtiva e também nos setores de gestão e estratégia.

Ao adotarem posturas mais corretas, de respeito ao meio ambiente e consciência no uso de insumos naturais, podem também gerar um valor diferenciado e decisivo para o consumidor no ato da compra, e a logística reversa é instrumento determinante nesse processo.

Agora que você entendeu o que é a logística reversa e sua importância, deixe seu comentário abaixo. Sua participação é muito importante. Não se esqueça de nos contar de que forma você está envolvido no ramo de logística.

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